
Guilherme, Gui, Preto velho...
Entre as numerosas alcunhas recebidas por você, nunca esquecerei de uma que eu usava no começo do ano em que nos conhecemos, usada quando não lembrava seu nome. Talvez você nem lembre mais desse bobo apelido que eu lhe coloquei. Não é,"menino que fala francês"?
Não lembro ao certo quando foi a primeira vez que nos falamos. Creio que o destino quis que este momento caísse em esquecimento para que outros momentos sublimes como aquele viessem a acontecer. E tenho certeza que estes momentos aconteceram em vários instantes da nossa vida escolar. Apesar deles terem sido tão simples, para mim foram muito significativos:
as conversas embaixo da árvore na entrada do shopping esperando o ônibus, os comentários pérfidos sobre a “fubasada” do ponto, discussões sobre música, questões familiares e vários outros acontecimentos que nos fizeram rir e que nos tornaram cada vez mais amigos.
Talvez a nossa amizade seja como uma tela que vai sendo pintada aos poucos. Gosto de imaginar qual seria a pintura contida nela, não consigo definir o que seria, mas em todas as minhas tentativas de adivinhação vejo que ela tem muito azul – a cor da serenidade. Creio que não existiria cor melhor para essa tela já que você sempre trouxe para mim palavras de paz e serenidade, nem que fosse um “boa sorte” esquecido por quase todos na véspera do vestibular. Observando-se bem a pintura, nota-se que ela não é cheia de traços complexos e segredos como as pinturas de Da Vinci, mas simples e singela, cheia de ‘riscos de metileno’- aquele azul tão profundo-, que expressão a verdadeira amizade que eu sinto por você. Espero que esta tela continue sendo pintada para o resto da vida, e no fim... não haverá dinheiro que a compre.
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